1983: Fernando Pinto e a representação da ecologia, no enredo “Como era verde o meu Xingu”

Madson Oliveira

Este projeto consiste na contextualização sobre os desfiles carnavalescos no ano de 1983 e análise de figurinos (por meio dos desenhos de croquis assinados e datados) criados por Fenando Pinto, carnavalesco do GRES Mocidade Independente de Padre Miguel, no qual o título do enredo era: “Como era verde o meu Xingu”. Em 1983 foi o último ano em que os desfiles das escolas de samba no Rio de Janeiro aconteceram fora do Sambódromo, construído especialmente para esse fim, onde os desfiles passaram a acontecer a partir de 1984. Fernando Pinto era pernambucano, mas foi no Rio de Janeiro que ele se consagrou como um carnavalesco de destaque, desenvolvendo uma trajetória singular, ao propor temáticas e estéticas que conjugavam questões climáticas, indígenas, pós-modernidade e ecologia, só para citar alguns temas. Morreu ainda jovem, aos 42 anos, após uma carreira divida entre o carnaval e as artes cênicas (teatro e música). Acreditamos que com a análise de seus desenhos que tomamos conhecimento, poderemos esclarecer mais sobre o processo criativo desse artista, além de contrapor aquele desfile ao carnaval contemporâneo, mais de 30 anos depois. A partir da análise visual, pretendemos promover um diálogo com autores especializados no carnaval carioca e assim traçar algumas considerações teóricas a partir de uma práxis tão particular.


Palavras-chave: Figurino carnavalesco; Indumentária; Carnaval.


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