Pesquisas

A influência da indumentária histórica na criação de figurinos carnavalescos para a escola de samba do grupo especial, na trajetória profissional da carnavalesca Rosa Magalhães, entre 2006 e 2010

Pesquisa / Madson Oliveira

Este projeto consiste na colaboração e análise de figurinos carnavalescos que possuam influência histórica, nos enredos carnavalescos de escolas de samba carioca do grupo especial, sob a criação da carnavalesca Rosa Magalhães, entre os anos de 2006 e 2010. Rosa Magalhães foi aluna do Curso de Pintura e depois professora do Curso de Artes Cênicas, na Escola de Belas Artes-EBA/UFRJ. O objetivo principal desta pesquisa é o estudo comparativo entre os figurinos carnavalescos de ala apresentados nos desfiles das escolas de samba pela carnavalesca Rosa Magalhães e o estudo da indumentária histórica. Embora o foco da pesquisa esteja centrado em acervos da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro – LIESA, também serão pesquisados acervos iconográficos, periódicos, sites das agremiações carnavalescas e aqueles geridos pela imprensa especializada. Acreditamos que as silhuetas, formas e cores das fantasias analisadas tenham correspondência com o período histórico representado, desde a criação até o desfile.


Palavras-Chave: Figurino; Indumentária; Carnaval.


A moda praia feminina nas areias de Copacabana entre 1950 e 1960: uma análise de dois cinejornais de César Nunes

Pesquisa / Renata Vellozo Gomes

Este trabalho tem como objeto deflagrador as imagens da moda praia carioca feminina presentes em dois selecionados cinejornais de César Nunes intitulados “Belezas em Desfile” e “Cidade de Copacabana”. A pesquisa se baseia em uma revisão bibliográfica sobre a evolução da roupa de banho no mundo e no Brasil, principalmente através de livros estrangeiros especializados, livros publicados no Brasil sobre a história do vestuário e a coleta de dados através de buscas em artigos, teses e dissertações de temas correlatos em universidades e centros de pesquisa brasileiros. Para complementar esse estudo, busca-se em periódicos de época editoriais e reportagens de moda que contemple a moda de praia e o comportamento no uso desses tipos de trajes. A tese também quer observar o discurso dos cinejornais, que dialogam com a valorização do bairro de Copacabana e sua praia, locais que atingiram o apogeu de status social na metade do século XX e de como esse lócus pode ser um espaço privilegiado de propagador de costumes.

A natureza como ornamento: exotismo e a moda burguesa do uso de penas, pássaros e insetos nos oitocentos.

Pesquisa / Maria Cristina Volpi
Equipe / Livia Catete

A pesquisa “A natureza como ornamento: exotismo e a moda burguesa do uso de penas, pássaros e insetos nos oitocentos” discute o sentido do exotismo da época romântica e imperialista e sua influencia uma estética vestimentar e decorativa a partir do estudo de uma ventarola de penas, pássaros e insetos que faz parte da Coleção Ferreira das Neves Museu D. João VI – EBA/UFRJ.

Palavras-chave: artefatos de penas, pássaros e insetos; moda no Brasil no século XIX; coleções exóticas.

A poética têxtil no universo de Olly Reinheimer

Pesquisa / Carolina Morgado

A intenção desta pesquisa é analisar as relações entre o traje, a cultura, arte e moda na produção artística de Olly Reinheimer e seus processos de criação. A proposta deste trabalho visa identificar os aspectos estéticos que compõe o universo criativo da artista, e que influenciaram a forma e o conteúdo de seus objetos têxteis. Bem como, objetiva analisar seu trânsito entre o campo da arte e da moda e legitimar a importância artística e cultural do trabalho Olly. Tais objetivos se realizarão através da análise das roupas elaboradas pela artista.

Palavras-chave: vestuário; arte; moda;

Foto: Modelo em dois momentos diferentes, com as mãos no cabelo e roupa de Olly (Blusa curta regata de tecelagem roxa, com entrelaçamento de fio vermelho, rosa, laranja e verde, círculo frontal. E saia e sobre saia de tecelagem roxa), mar ao fundo. Novembro de 1974. Foto tirada por Raymond Asseo para Manchete.

Aparência vestida e memória: preservação e divulgação do acervo de indumentária da Escola de Belas Artes da UFRJ

Pesquisa / Maria Cristina Volpi
Equipe / Carolina Casarin / Carolina Morgado / Caroline Dantas / Eliane Conceição Ferreira / Fuviane Galdino Moreira / Gabriela Lúcio de Sousa / Lucia Helena Gomes Antonio

Em 2005 foi iniciada a criação do Centro de Referência Têxti/Vestuário um projeto concebido como uma materioteca que visava criar subsídios para o estudo do vestuário e do figurino na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em 2014 o projeto Aparência vestida e memória: preservação e divulgação do acervo de indumentária da Escola de Belas Artes da UFRJ recebeu apoio da FAPERJ para melhoria da guarda e conservação de seu acervo, formado por dois fundos Indumentária Histórica e Trajes de Cena, com cerca de 340 peças. O fundo de indumentária histórica possui atualmente 201 (duzentos e uma) peças de vestuário e acessórios datadas entre o final do século XIX e meados do século XX e o fundo de trajes de cena possui cerca 143 (cento e quarenta e três) peças de figurino, decorrentes de trabalhos desenvolvidos pelos estudantes ao longo de sua formação em atividades de extensão realizadas em parceria com a Escola de Musica/EM e a Escola de Comunicação/ECO e de trabalhos de conclusão do Curso de Artes Cênicas/Figurino. Esses conjuntos continuam em expansão, tanto por meio de doações, quanto por meio das produções artísticas e trabalhos de conclusão de curso desenvolvidos pelos estudantes.

Palavras-chave: Centro de Referência Têxtil/Vestuário; Museu D. João VI; formas vestimentares; trajes de cena; cultura material; história das aparências; memória das Artes Cênicas na EBA/UFRJ.

Ações de catalogação e conservação preventiva:
Equipe:
Andressa Damascena Oliveira
Eliane Conceição Ferreira
Gabriela Lucio de Sousa
Henrique Guimarães dos Santos
Lucia Helena Gomes Antonio
Zoray Maria Telles
Pesquisa histórica – acervo:
Pesquisa:
Camisola branca com bordado crivo (Lulú)
Orientação: Fuviane Moreira (Doutoranda PPGAV-EBA-UFRJ)
Equipe: Carolina Alves Wanderley (Graduanda EBA-UFRJ)
Pesquisa:
Vestido e bolero estampado: a história por trás do traje.
Orientação: Carolina Morgado (Doutoranda PPGAV-EBA-UFRJ)
Equipe: Livia Catete Vieira (Graduanda EBA-UFRJ)
Pesquisa:
Conjunto de casaca, coletes e gravata
Orientação: Carolina Casarin (Doutoranda PPGAV-EBA-UFRJ)
Equipe: Thaienny Teixeira Soares Moreno (Graduanda EBA-UFRJ)

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As aquarelas-estandartes de Amaro Amaral para o rancho Ameno Resedá, em 1912, 1913 e 1916.

Pesquisa / Madson Oliveira

Projeto de pós-doutorado desenvolvido em 2013 no PPGAV sob supervisão de Maria Cristina Volpi

Esta pesquisa consiste na análise de aquarelas históricas e carnavalescas criadas pelo desenhista Amaro Amaral, para o rancho Ameno Resedá, nos anos de 1912, 1913 e 1916. A exposição é parte integrante da pesquisa de pós-doutoramento, em andamento, realizada no PPGAV em Artes Visuais-EBA/UFRJ e apresenta resultados parciais do acervo pertencente ao Museu do Ingá. O objetivo principal desta comunicação é a análise 03 aquarelas-estandartes criadas por um artista gráfico para os desfiles carnavalescos do rancho Ameno Resedá, no início do século XX. Embora o foco da pesquisa esteja centrado no acervo do Museu do Ingá, também estão sendo pesquisados acervos iconográficos, periódicos, sites das agremiações carnavalescas e aqueles geridos pela imprensa especializada. Acreditamos que as formas, símbolos, cores e texturas das aquarelas analisadas tenham correspondência com as propostas carnavalescas atuais. 

Palavras-chave: Artes visuais; Carnaval; Aquarelas.

As atividades de Sophia Jobim: pioneira do ensino de indumentária na EBA-UFRJ

Pesquisa / Madson Oliveira
Equipe / Julia Faria / Vanessa Trindade Cordeiro

Como parte integrante da pesquisa maior sobre a Memória do Curso de Artes Cênicas, iniciada em março de 2015, coordenada pela profa. Maria Cristina Volpi, começamos outra pesquisa sobre o legado artístico e cultural deixado pela primeira professora daquele curso – Sophia Jobim – no final da década de 1940.

A partir deste recorte, iniciamos uma nova pesquisa sobre “As atividades de Sophia Jobim”. Muito dinâmica e envolvida em várias frentes de trabalho, realizamos novo recorte metodológico, dessa vez ressaltando a “atuação profissional” de Sophia Jobim, principalmente no que diz respeito ao ensino de sua especialidade: a indumentária.

No entanto, não é possível desvincular o Magistério de outras atividades, uma vez que a professora era multidisciplinar por natureza, criando links e redes de conhecimento, tendo como foco principal o estudo da indumentária. Assim, ela também desenvolveu atividades que tangenciavam a indumentária, o vestuário, os costumes distantes como no caso dos figurinos que criou para o Teatro e para o Cinema, além de outras experiências que ainda estamos elencando. Como correspondente de jornais e periódicos escreveu crônicas sobre as “últimas modas” de Paris e Londres, mas foi no Diário Carioca que ela teve maior colaboração criando modelos e sugerindo formas de vestir para leitoras daquele periódico. Além disso, Sophia proferiu palestras, realizou desfiles, participou de eventos beneficentes e reuniu a sociedade em torno do tema “Indumentária e Moda”, auto intitulando-se “Indumentarista”.

Nossa pesquisa ainda encontra-se em curso, e muito ainda custará para fecharmos alguns questionamentos, o que torna ainda mais interessante, mas deixa também alguns hiatos.

Palavras-chave: Escola de Belas Artes; Memória; Artes cênicas.

Memórias e bordados de uma camisola: cultura material, práticas artesanais e indumentária no Brasil no século XX

Pesquisa / Maria Cristina Volpi
Equipe / Carolina Alves / Fuviane Galdino Moreira

Pesquisa: Carolina Alves (Graduanda EBA-UFRJ)

Orientação: Fuviane Galdino (Doutoranda PPGAV-EBA-UFRJ)

Esta pesquisa trata do estudo de uma camisola de dormir ornamentada com bordados do início do século XX, que faz parte do acervo Centro de Referência Têxtil/Vestuário do Museu D. João VI da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Para o bom andamento da investigação, realizamos análises técnicas e estilísticas desse artefato, utilizando como fundamento o estudo da cultura material (PROWN, 1982). Além disso, partindo de levantamentos bibliográficos sobre a historicidade da peça, para evidenciar o contexto cultural e social em que foi produzida, esperamos obter informações relevantes sobre sua materialidade estética e acerca dos modos de vestir da época. Esse tipo de projeto desvela novos olhares para os usos e as funções dos trajes da sociedade do Rio de Janeiro, uma vez que constitui importante documento para narrar as formas vestimentares, como “suporte material, físico, imediatamente concreto, da produção e reprodução da vida social” (MENESES apud VOLPI, 2013, p. 2). Em face do protagonismo social que a história confere à sociedade do Rio de Janeiro na época em apreço, acreditamos que os resultados alcançados nesta pesquisa auxiliarão no preenchimento da carência de informações sobre os acervos de vestuário no Brasil, permitindo que sejam mais valorizados no cenário nacional, dando visibilidade ao CRTV da Escola de Belas Artes desta Universidade. Igualmente, esta iniciativa contribuirá para a maior preservação e conservação dos têxteis como objetos de estudos neste país.

Palavras-chave: Camisola de dormir do século XX; Centro de Referência Têxtil Vestuário; Museu D. João VI.

O guarda-roupa modernista

Pesquisa / Carolina Casarin

A pesquisa “O guarda-roupa modernista” objetiva investigar as relações que podem ser estabelecidas entre a aparência dos modernistas brasileiros e o projeto de brasilidade defendido pelos intelectuais da primeira geração do nosso modernismo.

Foto: Tarsila do Amaral diante do seu quadro “Morro da favela” na Galeria Percier. Paris, junho de 1926.

O traje acadêmico na UFRJ

Pesquisa / Maria Cristina Volpi
Equipe / Jessica Serbeto Baldez de Souza

O uso solene de um vestuário apropriado é uma forma de ritualização. Ao observar que bacharéis e licenciados da Universidade Federal do Rio de Janeiro escolhem becas, peitilhos e faixas coloridas, insígnias de suas Faculdades e Escolas, ao comemorar a colação de grau, nasceu o pretexto para refletir sobre as formas de representação, cujos significados ainda encontram eco na comemoração dos formandos. Neste trabalho, o traje dos estudantes e professores da UFRJ, as insígnias distintivas dos graus e o símbolo da universidade, são encarados como objeto de estudo em sua relação com a memória institucional, a indumentaria secular e os valores simbólicos atribuídos ao saber, problematizando-se as origens, formas de apropriação, persistência e rupturas desses símbolos.

A despeito de sua criação em 1920, o traje acadêmico da UFRJ tem suas raízes nas faculdades e escolas do Brasil imperial, cujos elementos e cores vinculam-se ao paradigma da Universidade de Coimbra, acrescentam-se alguns elementos da Universidade de Salamanca e outros, das universidades francesas napoleônicas. Tais matrizes emergem das tradições que estabeleceram o uso de trajes específicos para os professores universitários da universidade medieval: a veste talar cotidianamente, nas cerimonias, a túnica ou beca, a murça ou capelo e o barrete como insígnia. Suas formas e elementos constituintes variaram durante os séculos, permanecendo em uso até nossos dias, representando uma continuidade de formas vestimentares arcaicas.

Na resolução do Conselho Universitário de 13 de outubro de 1949, foram estabelecidos os símbolos e trajes da então Universidade do Brasil. Desse modo, a bandeira, as flâmulas, as insígnias e os distintivos foram regulamentados. No documento, a cor da Universidade é o branco e o símbolo, dourado, foi, mais adiante, elaborado por professores da Escola de Belas Artes, com a introdução da Minerva, a deusa romana da sabedoria. Estas escolhas não são aleatórias e inserem-se no contexto ideológico do período.

O traje acadêmico da UFRJ para todas as cerimonias solenes é a beca negra; aos graduandos, era conferido o uso de um botão com o símbolo da Faculdade ou Escola, o qual era bordado na manga esquerda de bacharéis, licenciados e professores. As cores dos capelos correspondiam às escolas – Arquitetura, azul escuro; Ciências Econômicas, azul claro; Direito, rubi; Farmácia, topázio; Filosofia, ametista; Medicina, esmeralda; Odontologia, granada; Belas Artes, rosa ciclâmen; Educação Física, ouro-velho; Engenharia, safira; musica, azul rei, Química, azul-royal; estas cores ainda persistem nas faixas dos formandos atuais. Depois de 1967, foram atribuídos aos capelos, apenas as cores dos centros. Os doutores, além da beca deveriam usar a borla ou barrete. Desse modo, as posições – reitor, decano, professor catedrático, bacharel/licenciado – são dignidades, as quais ficam explicitas pela vestimenta. Do mesmo modo, ao envergar os símbolos vestimentares, o formando é investido de sua nova competência.

Mantendo uma posição conservadora face à evolução vestimentar, a veste talar exemplifica a função distintiva do vestuário acadêmico, conferindo um valor numinoso ao sentido a este atribuído.

 

Palavras-chave: traje acadêmico no Brasil; memórias da veste talar da UFRJ; história da indumentária e da moda no Brasil.

OLHARES ROMÂNTICOS ENTRE CORES E TRAÇOS: HISTÓRIA, MEMÓRIA E NARRATIVAS VISUAIS

Pesquisa / Mara Rúbia Sant’Anna

Pesquisa de Pos-doutoramento:

Proposta de investigação do Estudo de Trajes realizado no século XIX pelo artista Vitor Meirelles, a fim de discutir as relações discursivas entre os registros artísticos dos ditos trajes tradicionais de uma região, considerando os artefatos da memória e as narrativas visuais contidos neles. Alimentando a discussão se entrecruzam questões como a norma estética da época, a relatividade dos processos de visualidade e as apropriações dessas narrativas visuais no modelo disciplinar e formativo dos artistas sob os auspícios do Romantismo europeu.

Palavras-chave: Estudos de trajes; Vitor Meireles; Narrativas visuais; Memória.

Origens dos estudos da indumentária e da moda no Brasil

Pesquisa / Maria Cristina Volpi

No Brasil, os estudos do vestuário tiveram como figura precursora Maria Sofia Jobim Magno de Carvalho (1904-1968), quem primeiro introduziu o ensino da indumentária histórica na Escola Nacional de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro, aí lecionando entre 1949 e 1967. Numa época em que o estudo da indumentária no campo das humanidades ainda era considerado pelo “espírito cientifico” da época como um desvio com relação às normas vigentes, Sofia Jobim realizou seus estudos em visitas e cursos de curta duração realizados entre os anos 1930 e 1950, na Europa, Oriente Médio, Extremo Oriente e pelas três Américas. Sua formação fragmentada, em parte autodidata, em um ambiente internacional dedicado à formação artística e ao estudo da cultura material num sentido amplo contribuiu para fortalecer em Sofia a convicção da necessidade e da importância do estudo do vestuário, no âmbito das Belas Artes. A trajetória de Sofia Jobim e seus contextos, experiências, discursos e práticas, contribui para o entendimento da origem dos estudos de moda na academia brasileira.

Palavras-chave: Academia Imperial de Belas Artes; Escola Nacional de Belas Artes; Escola de Belas Artes, ensino da indumentária histórica; origens dos Estudos da Indumentária e da Moda no Brasil.

Philomena Fiala: Do alinhavar ao prestígio

Pesquisa / Luiz Otávio Zampar

Philomena Fiala foi diretora de uma das mais reconhecidas Maisons da década de 1950 no Rio de Janeiro. Mais que isso, ela foi uma das mulheres mais admiráveis na moda brasileira. A sua percepção e cuidado profissional fez com que seu nome e sua dedicação só majorassem. Essa pesquisa contribui com averíguas de um lado pessoal de D. Mena Fiala e a construção desse domínio e sua perfeição, entender Philomena além da Casa Canadá e sua continuação; a sua responsabilidade e representação para a alta costura brasileira.

Vestido e bolero estampado: a história por trás do traje

Pesquisa / Maria Cristina Volpi
Equipe / Carolina Morgado / Livia Catete

Pesquisa: Lívia Catete Vieira (Graduanda EBA-UFRJ)

Orientação: Carolina Morgado Pereira (Doutoranda PPGAV-EBA-UFRJ)

O acervo do Centro de Referência Têxtil e Vestuário, pertencente ao Museu D. João VI da Escola de Belas Artes. Em 2017 foi proposto pela professora Maria Cristina Volpi, que coordena o projeto, atividades de pesquisa histórica de modo a se aprofundar o estudo das peças. Esta pesquisa é um estudo de caso que visa investigar o vestido e o bolero estampados (Registros MDJVI 11508 A e B), que formam um conjunto, datados de 1961. O embasamento teórico-metodológico da pesquisa fundamenta-se nas discussões feitas por Ulpiano Bezerra de Meneses acerca da cultura visual e material e na abordagem metodológica proposta por Jules Prown.

As questões que norteiam a pesquisa visam identificar os aspectos materiais e simbólicos do traje. Desse modo nos interessa investigar a modelagem, os materiais empregados, as técnicas de costura, a relação do traje com o padrão vestimentar vigente no período. Como sabemos a quem pertenceu o conjunto – existe inclusive uma fotografia em que a pessoa está usando o traje – é possível recuperar informações sobre o usuário da peça, sua faixa etária, classe social e onde o traje era usado.

Além de entrevistas junto à família da dona do vestuário, a moda do período será investigada através de periódicos de moda e fotografias de época.

Este estudo tem por objetivo também, contribuir para a divulgação do acervo do CRTV e incentivar a pesquisa cientifica entre os alunos da EBA.

Palavras-chave: Centro de Referência Têxtil Vestuário, Museu D. João VI, vestido e bolero da década de 1960.

Vestuário e Imagens: um estudo do uso e das funções das vestes nas imagens cristãs – padroeiras da América do Sul – década de 1920 à década de 1940

Pesquisa / Fuviane Galdino Moreira

A pesquisa “Vestuário e Imagens” objetiva investigar as relações entre arte, história e cultura, mediadas pelos elementos que caracterizam as vestes das imagens de esculturas católico-cristãs, em suas afinidades com a formação de uma identidade nacional, a partir de pesquisas acerca da imagem de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, em comparação com as padroeiras de mais três países da América do Sul: Nossa Senhora de Luján (Argentina); Nossa Senhora de Copacabana (Bolívia); e Nossa Senhora de Quinche (Equador). Aqui se consideram as características técnicas e estilísticas das imagens em questão, a partir da presença das cores das bandeiras nacionais dos respectivos países nas vestes das esculturas, que também indicam o nosso recorte geográfico. Pensam-se, na arte, as funções e os usos exercidos pelos ornamentos numa escultura sacra, a partir dos predicados simbólicos referentes, neste caso, aos panejamentos dos “santos”. Compreende-se que tais quais as línguas orais ou escritas, as esculturas e seus panejamentos podem comunicar-nos detalhes silenciados da história, que contribuem para o entendimento de amplas questões de ordem técnica, cultural, política e social, insertas no processo de colonização da América Latina, a partir do imaginário religioso.

Palavras-chave: Nossa Senhora Aparecida (Brasil); Nossa Senhora de Luján (Argentina); Nossa Senhora de Copacabana (Bolívia); e Nossa Senhora de Quinche (Equador); Vestes e Arte. Cultura e religião. História.

Pesquisas concluídas

1983: Fernando Pinto e a representação da ecologia, no enredo “Como era verde o meu Xingu”


Pesquisa / Madson Oliveira

Este projeto consiste na contextualização sobre os desfiles carnavalescos no ano de 1983 e análise de figurinos (por meio dos desenhos de croquis assinados e datados) criados por Fenando Pinto, carnavalesco do GRES Mocidade Independente de Padre Miguel, no qual o título do enredo era: “Como era verde o meu Xingu”. Em 1983 foi o último ano em que os desfiles das escolas de samba no Rio de Janeiro aconteceram fora do Sambódromo, construído especialmente para esse fim, onde os desfiles passaram a acontecer a partir de 1984. Fernando Pinto era pernambucano, mas foi no Rio de Janeiro que ele se consagrou como um carnavalesco de destaque, desenvolvendo uma trajetória singular, ao propor temáticas e estéticas que conjugavam questões climáticas, indígenas, pós-modernidade e ecologia, só para citar alguns temas. Morreu ainda jovem, aos 42 anos, após uma carreira divida entre o carnaval e as artes cênicas (teatro e música). Acreditamos que com a análise de seus desenhos que tomamos conhecimento, poderemos esclarecer mais sobre o processo criativo desse artista, além de contrapor aquele desfile ao carnaval contemporâneo, mais de 30 anos depois. A partir da análise visual, pretendemos promover um diálogo com autores especializados no carnaval carioca e assim traçar algumas considerações teóricas a partir de uma práxis tão particular.


Palavras-chave: Figurino carnavalesco; Indumentária; Carnaval.


As viagens de Sophia

Pesquisa / Maria Cristina Volpi
Equipe / Alice Miada / Vitor Dirami

Nesta fase da pesquisa será organizada a cronologia dos deslocamentos de Sophia, a partir da analise dos documentos referentes às viagens, de modo a compreender como estas viagens contribuiram para sua auto-formação.

Palavras-chave: Sophia Jobim; viagens; formação; estudos de indumentária e moda no Brasil.

Lote 1A – Sophia Jobim, sua metodologia de ensino no Liceu Imperio e construção narrativa através do resgate de uma memória redescoberta.

Pesquisa / Mariana Carvalho

Esta pesquisa apresenta um desdobramento da pesquisa sobre as origens do Curso de Artes Cênicas, coordenada pelos professores Madson Oliveira e Maria Cristina Volpi e o qual participei como aluna pesquisadora, investigando o papel de Sophia Jobim (1904-1968) na construção do curso. Nesta pesquisa, pretendo analisar sua atuação enquanto professora e diretora do Liceu Império, sua metodologia e desenvolvimento na criação de suas próprias narrativas, através doestudo dos elementos presentes no silk screen desenvolvido por Sophia como meio de ensino nas aulas de corte e costura, adquirido atraves de leilão e que encontra-se na em posse da autora desse artigo.
Esse material consta sendo de um silk screen com a modelagem de um avental, com temática sobre a Bahia e comidas e típicas da região, com escrita de uma canção popular, adaptada por Sophia à sua própria linguagem.


Palavras-chave: Memória, Sophia Jobim, Liceu Imperio, Metodologias